Entrevista e recensão a A Avó e a Neve Russa no Público (Ípsilon), por José Riço Direitinho.
«Quando se lê A Avó e a Neve Russa, quase se adivinha, em algumas passagens, o à vontade que João Reis tem com a literatura do norte da Europa: há um humor sarcástico e subtil que se vê pouco na literatura lusa.»
«O romance é narrado por uma criança de dez anos de idade, que com uma voz muito característica nos vai contando a história, a dele, a da sua avó, de alguns membros da família, e de mais umas quantas personagens bizarras que se lhe atravessam no caminho. Uma das coisas mais interessantes neste livro (porque difícil), é o modo como João Reis consegue (melhor palavra seria escrever 'aguenta') manter o tom de voz do narrador, entre o infantil e o irónico com muitos laivos sarcásticos, mas que deixa o leitor sempre dentro de um discurso de verosimilhança, pois seria possível que uma criança falasse assim, com tudo disfarçado de 'inocência'.»
«Servindo-se deste olhar, João Reis consegue um efeito poético na escrita -- que é sempre bastante segura e sem quebras de ritmo, note-se -- que de outra forma dificilmente teria num outro registo.»
«Quando se lê A Avó e a Neve Russa, quase se adivinha, em algumas passagens, o à vontade que João Reis tem com a literatura do norte da Europa: há um humor sarcástico e subtil que se vê pouco na literatura lusa.»
«O romance é narrado por uma criança de dez anos de idade, que com uma voz muito característica nos vai contando a história, a dele, a da sua avó, de alguns membros da família, e de mais umas quantas personagens bizarras que se lhe atravessam no caminho. Uma das coisas mais interessantes neste livro (porque difícil), é o modo como João Reis consegue (melhor palavra seria escrever 'aguenta') manter o tom de voz do narrador, entre o infantil e o irónico com muitos laivos sarcásticos, mas que deixa o leitor sempre dentro de um discurso de verosimilhança, pois seria possível que uma criança falasse assim, com tudo disfarçado de 'inocência'.»
«Servindo-se deste olhar, João Reis consegue um efeito poético na escrita -- que é sempre bastante segura e sem quebras de ritmo, note-se -- que de outra forma dificilmente teria num outro registo.»